
Você sabe o que acontece quando você está pagando por um produto em uma loja ou em um site? Conhece os processos por trás e os elementos envolvidos nesse processo?
Neste post explicaremos tudo e para adiantar, é preciso saber que há dois formatos de pagamento, gateway e intermediador, e um elemento presente em ambos, o adquirente.
O que são os adquirentes?
Antes de explicar a diferença entre gateway de pagamento e intermediador é preciso entender o que são adquirentes. Presente em ambos os formatos, adquirente é a peça que conecta os seus dados bancários (criptografados) com a rede das bandeiras (Visa, Mastercard, Elo, Hiper etc.). Exemplos de empresas que oferecem esse serviço aqui no Brasil são: Cielo, Getnet, Elavon, Redecard e Stone.
Para ilustrar esse processo, imagine a seguinte situação: você está indo ao caixa pagar pelo seu produto e lá decide que usará seu cartão de crédito ou débito. Ao inseri-lo na máquina aparecerá na tela “Discando” e isso quer dizer que o adquirente está processando as suas informações bancárias e enviando para a base de bandeiras parceiras.
Elas, por sua vez, fazem contato com os bancos parceiros. Eles processam e autenticam a transação, informam à bandeira, ela retorna para o adquirente e, por fim, autorizam, ou não, a sua compra.
Qual é a importância de escolher a melhor opção?
Fazer um site com a intenção de possibilitar as transações financeiras é uma das etapas mais importantes para qualquer e-commerce. Além de administrar o fluxo de dinheiro em uma loja, os meios de pagamento oferecidos são fundamentais no sucesso de qualquer negócio e influenciam a decisão do cliente. Por isso, é muito importante atentar em relação ao sistema de transações, pois ele também ajudará a oferecer uma experiência positiva ao consumidor.
O gateway e o intermediador são exemplos de sistemas de pagamento que uma loja virtual pode oferecer. Agora, você deve estar se perguntando: como saber qual é o melhor para a sua empresa? Essa pergunta pode ser respondida conhecendo o funcionamento de ambos os métodos. Considere questões importantes como custos, a facilidade e conveniência ao consumidor, segurança, entre outros.
O que é um gateway de pagamento?
O gateway é um software que oferece os serviços e ferramentas para que o e-commerce possa vender e receber pagamentos. É ele quem conectará o seu negócio com os adquirentes. Fora do ambiente digital ele seria a maquininha de cartão, ou seja, é ela quem conecta o e-commerce com os setores bancários.
Na prática ele acontece da seguinte maneira: você está no seu e-commerce favorito e deseja comprar um produto com o cartão. Para que o site consiga realizar a venda, ele vai utilizar o gateway, que por sua vez coletará os dados bancários do cliente e, uma vez que estejam criptografados, enviará para os adquirentes, que verificarão com os bancos se o indivíduo tem saldo suficiente e dependendo da situação a compra será aprovada ou não.
Em linhas gerais esse sistema é mais complexo que o intermediador de pagamento, pois ele depende de uma série de parcerias e integrações e para realizar os contratos não há nenhuma ponte que facilite esses processos, tudo será de sua responsabilidade. Por outro lado o gateway é mais lucrativo.
Nessa forma de pagamento você terá contato direto com o seu cliente, sendo, assim, responsável por qualquer problema envolvendo as transações efetuadas. Como dissemos, será necessário criar relações para fechar acordos e, no total, são cerca de 10 contratos e 3 integrações — um com adquirente, outro com as soluções para gateway e o último, porém não obrigatório, com uma empresa com serviços de gestão de risco. Esse último ajudará seu e-commerce na hora de validar a compra, o que diminui os riscos de ataques de fraudadores.
Por mais que ele seja mais burocrático, o gateway apresenta diversas vantagens quando se trata do pagamento:
- você passa a trabalhar com grande parte das principais bandeiras de cartão;
- o cliente, ao realizar o pagamento, não é redirecionado para outra página. Esse formato tem o sistema de checkout transparente;
- você consegue personalizar o gateway, tornando possível o pagamento por smartphones, compras feitas com cartões do exterior e disponibilizar as opções de parcelamento.
Outro ponto para ficar atento é a forma como são cobrados os serviços nesse formato. Ao contrário do intermediador e do adquirente que recebem por tipos de pagamento e uma taxa fixa, o gateway cobra por transações realizadas, independente se ela foi ou não aprovada.

Como funciona um gateway?
Ele faz referência a uma ferramenta que conecta uma loja virtual com as instituições financeiras, como operadoras de cartão e bancos. A ferramenta possibilita processamento de pagamentos on-line por meio de crédito, débito, transferências, boletos etc. Funciona, portanto, como se fosse uma máquina de cartão que opera nas lojas físicas.
Os gateways coletam e armazenam as informações do cliente e, na sequência, comunica elas aos adquirentes (responsáveis por processar as informações de cartão de crédito ou débito). Essa última ferramenta verifica se há saldo suficiente na conta ou se há alguma restrição para o cliente efetuar a compra. Todo esse procedimento é feito em milésimos de segundos e o consumidor nem percebe isso.
Vale destacar ainda que o gateway possibilita que o lojista integre outras funcionalidades no seu e-commerce, como um sistema antifraude. A ferramenta determina quais bandeiras e modelos de pagamento a loja virtual trabalhará (se aceitará, por exemplo, apenas cartões Visa ou MasterCard, se receberá pagamentos por boleto também etc).
Quais são as vantagens e desvantagens do gateway?
Vantagens
Esse sistema oferece diversas praticidades que ajudam a garantir mais segurança nas transações, a emitir relatórios e a facilidade de instalação. Entre os principais pontos positivos estão:
- apenas uma integração: ao optar por esse método, as lojas virtuais precisam fazer apenas uma implementação técnica, ou seja, não é preciso fazer várias integrações com cada banco e adquirente. Além disso, não há necessidade de fazer alterações quando ocorre mudanças na integração com as instituições e os adquirentes, pois a plataforma se responsabiliza por fazer as atualizações;
- facilidade para cumprir os requisitos PCI DSS: o PCI DSS é um padrão de segurança reconhecido internacionalmente e ele é utilizado com a intenção de garantir que as compras no cartão de crédito sejam efetuadas de maneira segura. Com o gateway, os e-commerces se beneficiam com a diminuição do escopo para cumprir com esses requisitos. Isso acontece porque os dados do cartão de crédito são enviados diretamente ao gateway, facilitando o procedimento;
- produção de relatórios: os gateways de pagamento oferecem uma ampla variedade de gráficos e informações. Eles podem ser utilizados com a intenção de ajudar os lojistas a tomarem diversas decisões sobre o negócio e a terem uma visão completa de toda a empresa.
Desvantagens
Por outro lado, o sistema demora para fazer a liquidação dos pagamentos e ainda há dificuldades em relações de contrato. As principais desvantagens do gateway são:
- relações de contrato: ainda existem maneiras que são determinadas somente por algumas adquirentes;
- gestão de risco: os gateways não filtram as transações de maneira ativa (se não houver um sistema antifraude). Por isso é preciso se atentar em relação aos golpes feitos nesse meio. Entre eles estão a clonagem e o roubo do cartão de crédito de outras pessoas e alguns indivíduos que, por má fé, alegam não reconhecer as suas compras;
- demora na liquidação: o pagamento é realizado com um atraso de 31 dias.
O que é um intermediador de pagamentos?
Também chamados de subadquirentes ou facilitadores, o mercado oferece diversas opções de intermediários, tais como: Paypal, Pagseguro e Moip. O que o torna diferente do gateway é a sua facilidade, uma vez que ele é basicamente um pacote com todos os serviços necessários.
Para facilitar o entendimento, veja a seguinte situação: você está realizando uma compra em um site e para finalizá-la o e-commerce utilizará o intermediador que coletará os seus dados bancários e enviará para os adquirentes que por sua vez informarão o banco no qual aprovarão ou não a sua aquisição.
Nesse modelo você não precisa fechar diversos contratos e arcar com toda as responsabilidades. A ideia do intermediador de pagamentos é tornar esse processo mais fácil e prático, sendo necessário somente um cadastro no sistema como vendedor, disponibilizando os dados bancários e um número de cartão de crédito. Além disso, sua instalação nos e-commerces é simples e rápido.
Outra vantagem é o fato dele já ter todo o sistema de antifraude, o que os torna responsável por toda a análise de dados, ajudando na segurança do seu e-commerce.
Por outro lado, é importante ficar atento às taxas cobradas que por sua vez podem ser maiores que no gateway. Para cada tipo de pagamento (boleto ou cartão de crédito) eles cobram cerca de 4% a 7%, mais um valor fixo.
Além disso muitos intermediadores não têm o sistema de checkout transparente, ou seja, os clientes são direcionados para um outro site o que pode gerar certo desconforto para o usuário.
Como funciona um intermediador?
Assim como o modelo anterior, o intermediador de pagamento interliga o lojista, as adquirentes de cartão e o cliente. A principal diferença é que ele efetua todo processo de transação financeira ao e-commerce, oferecendo uma solução simplificada, porém engessada.
Após o consumidor colocar todos os itens no carrinho, ele vai para o check-out. Na maioria das vezes, a pessoa é redirecionada acessar outra página fora do site, onde está o intermediador. Nesse local, o usuário necessita criar uma conta e fornece os seus dados financeiros e pessoais.
Depois da realização da compra, o procedimento de pagamento é feito um site do intermediador. Após a confirmação do procedimento, o cliente costuma receber uma mensagem dessa empresa no seu e-mail informando que a transação foi aprovada.
A loja virtual também recebe esse lado do intermediador e também pode comunicar com o cliente com a intenção de confirmar aprovação da compra.

Quais são as vantagens e desvantagens do intermediador?
Assim como o modelo anterior, o intermediador apresenta pontos positivos e negativos. Abordaremos sobre eles na sequência do artigo. Continue lendo!
Vantagens
- integrado com todas as fórmulas de pagamento: não é segredo que o cartão de crédito não é a única maneira de pagar pelas compras on-line. Por isso, uma grande vantagem de usar esse sistema é que ele oferece várias possibilidades de quitação como transferência bancária, cartões de débito e boleto;
- apenas uma relação de contrato: os lojistas só precisam de assinar um contrato com o intermediador e ter acesso a todas as bandeiras de cartões e as fórmulas de pagamento;
- pagamento antecipado: outro ponto positivo é que é possível antecipar os pagamentos quando se utiliza um intermediador. A maioria deles disponibiliza esse recurso nas compras realizadas a prazo.
Desvantagens
Elas estão relacionadas com a cobrança de elevadas taxas para usar a ferramenta e a falta de flexibilidade na liquidação dos pagamentos. Os principais pontos negativos são:
- taxas elevadas: diferentemente dos gateways, que cobram apenas uma taxa fixa, os intermediadores cobram uma taxa variável além do valor fixo. Isso acontece porque os processadores precisam pagar os bancos e as diferentes e, para obter algum percentual de lucro, os intermediários cobram mais caro pelo serviço;
- frequência de liquidação: mesmo com o atraso de 31 dias, os comerciantes recebem diariamente os pagamentos efetuados há um mês atrás no gateway. Por outro lado, nos intermediadores uma data fixa para isso acontecer.
Se você estiver nessa busca para conhecer mais sobre gateway e intermediadores de pagamento ou quiser melhorar o seu e-commerce, saiba que antes de tudo é preciso averiguar a situação do seu negócio. Cada um deles tem características para determinados contextos.
De forma geral o intermediador de pagamentos pode ser uma boa opção para os pequenos e médios negócios que, apesar de apresentar um valor mais alto, é mais fácil sua contratação e a implantação. Já o gateway pode proporcionar melhores resultados a longo prazo, quando o seu e-commerce já estiver mais desenvolvido.
Então, agora que você sabe o que são e como que eles funcionam, veja qual das opções é a mais saudável para o seu e-commerce e alavanque as suas vendas!
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