
Colaborou com a produção deste texto Douglas Rodrigues, Account Manager — Reseller da VTEX
Atualmente, para ter sucesso na gestão de um e-commerce, uma das primeiras etapas que os lojistas devem encarar é a escolha do sistema de pagamento que será adotado. Existem opções como gateways de pagamento, intermediadores, adquirentes e outros.
Ao definir o sistema de pagamentos que será utilizado, o lojista terá que avaliar quais etapas são necessárias para implementação, assim como as vantagens de cada modelo. A seguir, explicamos melhor a opção de gateways de pagamento e como escolher entre as soluções disponíveis.
O que são gateways de pagamento?
Entender o que é um gateway de pagamento nem sempre é uma tarefa fácil, portanto, vamos iniciar explicando o que ele não é. As subadquirentes são bastante confundidas com os gateways, entretanto, a diferença é que elas atuam normalmente como adquirentes e também fornecem pacotes de serviços que incluem gateway e sistema antifraudes. Mas são coisas diferentes!
O gateway de pagamento consiste em um intermediador entre o lojista e as empresas financeiras. Ele captura as informações do cliente quando ele clica em “finalizar pedido” e as encaminha para a operadora de cartão ou para o banco, que autoriza ou não a transação.
Nas lojas físicas, o equivalente são as máquinas de cartão. No entanto, no mundo digital, não é possível saber se o cliente é mesmo quem diz ser, portanto, o processo de autorização passa por essas etapas para evitar fraudes ou calotes nas compras.
Quais os benefícios desse modelo para o e-commerce?
O gateway de pagamento oferece diversos benefícios para o e-commerce e é uma opção bastante interessante, principalmente para lojas virtuais com maior volume de vendas e cujo poder de negociação é maior. Veja, a seguir, seis vantagens desse modelo.
1. Mais opções de pagamento
Quando o lojista opta por uma subadquirente, ele fica dependendo de quais bandeiras de cartão são aceitas pela empresa parceira, o que pode limitar as opções disponíveis e impactar as vendas mais diretamente, pois reduz as escolhas dos clientes.
No caso do gateway, a vantagem é que o empreendedor pode escolher com quais bandeiras deseja trabalhar e, assim, disponibilizar mais opções para o consumidor final. Uma questão relevante é que cada bandeira é administrada por um adquirente, exigindo que se façam contatos com várias delas, o que pode aumentar a burocracia.
Entretanto, se a loja está estabilizada, esse trabalho adicional pode valer a pena para expandir a atuação e atrair mais clientes.
2. Agilidade na conexão
Uma vez que esse modelo tem uma conexão direta com as instituições financeiras, sejam bancos ou operadoras de cartão, há uma maior agilidade na conexão e, consequentemente, mais rapidez na aprovação ou não da transação.
Em modelos que utilizam intermediadores de pagamento, o congestionamento de solicitações nessas centrais pode impactar o tempo necessário para aprovação, principalmente em datas mais concorridas, como a Black Friday.
3. Checkout transparente
O checkout transparente é um requisito essencial para dar mais segurança para o consumidor no momento da finalização da compra. Modelos de pagamento que utilizam intermediadores, como PayPal, PagSeguro e outros, fazem o redirecionamento do cliente para o outro site e exigem um cadastro próprio.
Esse processo está diretamente relacionado com uma maior taxa de abandono de carrinho e pode ser prejudicial para e-commerces que estejam em busca de crescimento e consolidação. Com o gateway, o pedido é finalizado na própria loja virtual, aumentando as chances de conversão.
4. Mais segurança nas transações
Apesar de algumas opções não terem um sistema antifraude integrado ao gateway, esse modelo permite que o lojista escolha uma ferramenta contra fraudes mais adequada às necessidades do e-commerce.
Ainda assim, todos os gateways que sejam de confiança deve cumprir as normas PCI-DSS, exigidas pelas bandeiras de cartão e que garantem a criptografia correta dos dados da loja e dos clientes. Elas também permitem o armazenamento das informações do cartão, para realizar cobranças recorrentes ou viabilizar compras com um clique no e-commerce.
5. Independência do banco de dados
Quando utilizado o modelo com intermediários, o banco de dados com as informações dos clientes e dos cartões é armazenado pela empresa terceirizada. Assim, se o lojista optar por mudar de parceira, poderá enfrentar dificuldades para manter os dados coletados até então.
Ao usar o gateway de pagamento, essas informações são de propriedade do lojista, que pode realizar mudanças nos fornecedores sem afetar os dados coletados até o momento.
6. Redução de custos operacionais
O uso de gateways permite que o lojista negocie as taxas de pagamento diretamente com os bancos ou operadoras de cartão, sendo normalmente uma porcentagem das vendas. Assim, conforme aumente o volume de vendas, o poder de barganha também cresce, podendo-se, então, negociar taxas menores e mais atrativas.
Por sua vez, intermediários de pagamento costumam ter taxas fixas e não negociáveis, o que impede que o lojista tenha autonomia no contrato.
Como escolher um gateway de pagamento?
Conhecendo melhor as vantagens associadas ao uso de um gateway de pagamento, muitos lojistas podem questionar-se sobre quais critérios utilizar na escolha do parceiro mais apropriado. Destacamos três dicas do que pode ser observado:
1. Compatibilidade com a plataforma de e-commerce
Inicialmente, é preciso verificar se o gateway de pagamento escolhido é compatível com a plataforma de e-commerce utilizada. Esse critério, apesar de mais técnico, é essencial para um bom funcionamento do site e para evitar problemas de falta de segurança relacionados ao uso incorreto da solução.
2. Bandeiras de cartão inclusas
O lojista deve observar quais são as bandeiras de cartão de crédito processadas pelo gateway, assim como o suporte para diferentes formas de pagamento online e quais moedas são aceitas.
Esse critério deve ser analisado considerando os objetivos do negócio. Por exemplo, se o objetivo é vender para o exterior, utilizar um gateway que aceite cartões estrangeiros e pagamento em outras moedas não é apenas um diferencial, mas também uma necessidade.
3. Sistema de segurança utilizado
Como afirmamos, todos os gateways de pagamento devem estar em conformidade com as normas PCI-DSS, que garantem uma série de processos para certificar a legitimidade e segurança das transações realizadas com cartão de crédito.
O nível de segurança também pode variar conforme a necessidade do lojista. Um gateway integrado com um sistema de segurança mais completo pode ser imprescindível para uma loja de joias, enquanto um e-commerce de camisetas pode não ver nesse critério um diferencial tão relevante.
A escolha dos gateways de pagamento, assim como do próprio modelo de cobrança, depende bastante de avaliar as vantagens para o negócio, sejam elas financeiras, operacionais ou outras. O planejamento e os objetivos da empresa podem são essenciais na definição pela melhor opção.
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